segunda-feira, 29 de agosto de 2011

TER ou SER?!?!?


Um pai, milionário, resolveu dar uma lição ao seu filho, para que ele nunca se tornasse pobre. Ficaria hospedado por alguns dias na casa de uma família de camponeses. O menino passou três dias e três noites vivendo no campo, vivenciando, segundo o pai ‘ a pobreza. ’


No carro, voltando para a cidade, o pai lhe perguntou: “Como foi sua experiência?”
“Boa.” respondeu o filho, com o olhar perdido à distância.
“E o que você aprendeu?”, insistiu o pai.

O filho respondeu:
“Que nós temos um cachorro e eles têm quatro.
Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras belezas.
Que importamos lustres do Oriente para iluminar nosso jardim , enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los.
Nosso quintal chega até o muro. O deles, chega até o horizonte.
Compramos nossa comida e esquentamos em microondas, eles cozinham em fogão à lenha.
Ouvimos CD's, Mp3, eles ouvem a sinfonia de pássaros, sapos, grilos, tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho trabalhando sua terra.
Para nos protegermos, vivemos rodeados por um muro, com alarmes... Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos.
Vivemos conectados ao celular, ao computador, sempre plugados, neuroticamente atualizados. Eles estão "conectados" à vida, ao céu, ao sol, à água, ao campo, animais, às suas sombras, à sua família.”

O pai ficou impressionado e então o filho terminou: “Obrigado, pai, por ter me ensinado o quanto somos pobres!’’





Nas ruas, no trabalho, no contato com os outros, não há mais tempo para sentir a vida. Tudo precisa ser rapidamente consumido: refeições, atividades, tarefas. O dia, que vemos voar, deixa-nos cada vez mais a sensação de vazio, de dever não cumprido, porque se tornou muito curto diante das nossas obrigações.
Assim, a vida é inutilmente queimada no fogo da vaidade, da ganância, da futilidade, tornando-se insuportavelmente fugaz. Como se fosse grãos de areia escapa entre nossos dedos e chega ao fim sem ter sido realmente vivida.

A consequência do ter é o esvaziamento moral, afetivo e espiritual. Sentimos a frieza do outro, sua falta de calor, de respeito e, principalmente, de amor, sem perceber que também somos condutores de frieza e de ausência de afeto. O homem destrói por ganância o meio em que vive. Predador e cruel, importa-se apenas com o ter. Infelizmente se tornam escravos do dinheiro.

É preciso parar para pensar no que precisa ser feito diante disso tudo: buscar nas profundezas do nosso ser o antídoto que nos permita SER e não apenas TER, refletir sobre a maneira como conduzimos a vida e o nosso relacionamento com os outros, meditar sobre os valores que devem dar real valor à nossa existência, repudiando aqueles que nos são impostos. PRECISAMOS DAR PRIORIDADES, não ao dinheiro, mas a nossa FAMILIA, ao nosso CONJUGE, a nossa CASA, aos nossos AMIGOS.

Sejamos ALGUÉM e não ALGO. Saboreemos a vida, adicionando um bom tempero aos nossos dias, para que eles não passem em vão! Ajudemos o próximo, transmitindo calor em nossa passagem e deixando marcada na trilha da nossa existência numa forma singular do SER!


Fonte: http://www.untitled.com.br/peopleware/ter_ser_eis_a_questao.html

:*

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